quinta-feira, março 26, 2015

Da lamentação à compreensão da vida

        


 Eu só queria da vida
uma chance para experimenta - la
em sua totalidade... mas, só encontrei:
Caminhos retorcidos,
becos sem saída,
curvas perigosas,
exaustivas subidas,
trechos sem a mínima visibilidade,
outros sem sinalização...
 Vida, que perdeu seu rumo,
desencontrada,
desconcertada,
atrapalhada...
Teoricamente encantadora, mas
sua prática um tanto desequilibrada;
Oh! Vida, onde está a tua totalidade?
Além do ar que respiro;
Além do sol que me aquece;
Além da terra que me sustenta;
Além da chuva que te renova;
Além das cores do arco - íris;
Além do horizonte,
acima do firmamento,
maior que os astros...
Onde? Onde está tua plenitude?
Se és conceituada como um espaço
de tempo entre o nascimento e a morte...
Vista como uma viagem...
Uma passagem...
Assim me pareces por demais breve...
Por demais vaga...
E ao mesmo tempo constante.
Sim, porque a vida não pára...
Não parou quando eu nasci e
não vai parar quando eu morrer...
A vida não parou
quando me senti perdida,
não parou quando me encontrei...
  A vida não parou
quando chorei,
e não parou
quando sorri...
A vida não pára...
Não parou para eu pensar... refletir...
Não parou quando agi.
Não parou quando necessitei de silêncio...
E nela, não encontrei esconderijo...
Se subia uma montanha,
ela, silenciosa me acompanhava
no verde das plantas,
no balançar das folhas
no ruído dos animais,
no canto dos pássaros,
no barulho da correnteza...
E, lá do alto pude observa - lá
ao longe, a minha volta e
e bem de perto na suave brisa...
A vida não pára,
quando me arrependo...
quando desisto... ou recomeço...
Não pára para me ensinar...
para me corrigir... para eu aprender...
e nesta complexidade
a vida não pára e
não nos permite parar
e nesta vastidão
sou apenas um grãozinho de areia.
 Um sopro na atmosfera terrestre...
Uma gota na imensidão do mar...
Vida! Diante das minhas misérias
humanas, da minha pequenez,
curvo - me constrangida
perante teu esplendor.
Vida, por um momento em meio
 aos meus devaneios,
deixas transparecer sutilmente
que o linear de tua plenitude
está na transcendência
deste plano terrestre...
plano terrestre...
 Um sopro na atmosfera terrestre...
Uma gota na imensidão do mar...
Vida! Diante das minhas misérias
humanas, da minha pequenez,
curvo - me constrangida
perante teu esplendor.
Vida, por um momento em meio
 aos meus devaneios,
deixas transparecer sutilmente
que o linear de tua plenitude
está na transcendência
deste plano terrestre...
Na eternidade...
Na infinitude...
Ultrapassando a morte carnal
para a definitiva vida espiritual,
plena... Devolvendo o corpo ao pó
de onde se formou e elevando a
alma para Deus que a criou!
“ quem somos nós, míseros mortais para questionar com Deus?
Se mal conhecemos
o que está ao alcance de nossas mãos,
como então perceber ou entender
os insondáveis desígnios
do Criador, que fez tudo sozinho?” 
Márcia Kraemer.

2 comentários:

Unknown disse...

Meu Márcia! Vc é um ser de luz!!! A cada dia me convenções mais disso!!!

Unknown disse...

Meu Márcia! Vc é um ser de luz!!! A cada dia me convenções mais disso!!!