sábado, agosto 31, 2013

VIDA E SENTIMENTOS.





O AMOR, quem poderia defini-lo?
Em palavras corremos o risco de criar conceitos expletivos, os já existentes bastam para torna-lo ineficaz. Busco algo bem maior.
Sem teoria ou ironia, sem definições, apenas sentimentos e emoções. Difícil, nem tanto.
Não precisa ser criativo, poeta ou sábio, seja apenas você mesmo, e inicie por sua vivência, afinal, estamos falando do maior dos sentimentos, a raiz que sustenta o tronco e que nem sempre é visível, mas está lá, assumindo sua função oculta aos olhos e vital para a vida do tronco, folhas e frutos.
Perdão. Despercebidamente, estou criando um discurso analógico e acabei de dizer que não busco definições, mas garanto que este não é expletivo, é o instinto atrelado ao ímpeto poético, não há como desvencilhar-se deles.
É como as águas do rio que convergem para o mar...
Como desconheço as suas vivências, falarei das minhas.
Talvez, em um primeiro momento você discorde, mas os sentimentos que me conduziram a amar mais foram os sofrimentos e os arrependimentos.
O sofrimento é a ferramenta que a vida dispõe para que nos tornemos dignos de viver, pois apenas é digno de viver quem ama. Isto é duro de ouvir, mas necessário para uma boa reflexão.
Experimentem fazer uma linha do tempo de suas vivências, elas parecerão ondas sonoras.
Perceba se nos momentos em que você estava na crista da onda, não foram aqueles em que o amor esteve presente e admita que o vale foram os momentos em que você se fechou para o amor e que a volta à crista da onda dependeu do seu arrependimento.
Esta comparação confirma os dois sentimentos que me fizeram amar mais.
Sofrer e arrepender-se para amar mais, formam os altos e baixos da vida onde os momentos de estabilidade e equilíbrio são raros.
É impossível seguir em linha reta, aí seríamos estáticos, turrões, rabugentos, nestes momentos é preciso cair no vale para retornar mais flexível, mais solícito.
 A própria busca pela estabilidade da vida desencadeia as aprendizagens pelas quais precisamos passar, caso contrário, ficaríamos fora da dinâmica da vida observando pela janela da existência o tempo passar ... Estou aqui pensando quantas formas e fórmulas já foram criadas para que o ser humano encontre esta estabilidade tão almejada. E eu não me refiro somente às técnicas modernas. Volte um pouco na História e lembre-se dos grandes filósofos, sábios, monges, mestres. Todos em uma busca constante pelo equilíbrio, pela harmonia, não sei até que ponto desvendaram os mistérios da vida e até que ponto os tornaram ainda mais ocultos.
O que percebo, por minhas vivências, e por fatos da vida que presenciei, é que na verdade o que se busca é uma estabilidade sem muitas dificuldades, sem luta, sem cansaço, resumindo, sem sofrimento.
Ninguém quer passar por ele. 

MÁRCIA KRAEMER.

quinta-feira, agosto 29, 2013

CRÔNICA

A força de nossas vontades.

Nem sempre somos capazes de reconhecê-la. Na maioria das vezes até por puro comodismo a esquecemos. Pior do que esquecer até é simplesmente reprimir por medo, covardia, de deixa-la vir à tona e nos entregar o que há de melhor na vida. É que as reações a ela podem não ser as que esperamos. E na maioria das vezes, não são mesmo. O julgamento sempre emperra nosso pensamento. A tal da imagem perfeita nos empurra para o erro maior de não errar e acertar. Não conseguimos diferenciar que o que para os outros parecerá um erro, para nós será o maior dos acertos.
Na força de nossas vontades está sempre a retomada da viagem da vida. Nela é que podemos encontrar, e só nela, a melhor força para retomarmos os caminhos quase interrompidos da vida. É claro que devemos entender também que na força de nossas vontades está sempre em nós. Basta reconhecer que a melhor força de vida está no sentimento das pessoas. Neste sentimento de vida, esperança, luta e sonhos, está a força de nossas vontades. Vontades que convenhamos, são somente nossas, e deveríamos ter também a responsabilidade de assumir, de que só a nós temos a obrigação de prestar contas. Se assim não for, estaremos deixando de seguir as nossas vontades, para nos sujeitarmos as dos outros. E sendo assim, anulando nossa individualidade, para seguirmos as vontades alheias. Tomando decisões não por nosso livre arbítrio, mas determinação de quem vê nossas vidas de fora. E na maioria das vezes nem se importa um pouco sequer com as nossas vontades. Mas com suas vontades. E o pior. Na maioria das vezes, com seus interesses. E não importam quais sejam. Se tem ou não valor para nós. Ou só para seu ver de vida.
De qualquer maneira, fica claro que a melhor força está ainda no sentimento das pessoas. A sabedoria está na força de nossos sentimentos. Na força de nossas vontades.

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Antonio Jorge Rettenmaier, escritor, cronista e palestrante. Esta coluna está em mais de 90 jornais impressos e eletrônicos do Brasil e Exterior.

terça-feira, agosto 27, 2013

A VIDA É FEITA DE ESCOLHAS.


                                                                      

Quem já não ouviu esta frase, ou até mesmo a tenha usado como conselho ou argumento!?
É realmente, a vida é feita de escolhas, desde as mais simples, as cotidianas, como escolher o que vestir, o que comer, aonde ir, até as mais difíceis, as decisivas, que exigem um certo tempo de discernimento e reflexão, especialmente quando trazem consigo o sentimento de incerteza, dúvida e insegurança mas, até e inevitavelmente, neste momento é preciso escolher entre permanecer na dúvida e quando a oportunidade de escolha passar, consolar-se com afirmações do tipo:
- Foi melhor assim;
- Há males que vem para o bem;
- Quem sabe não era pra ser.
Ou então escolher no devido tempo e mais tarde exclamar entusiasmado:
- Fiz a escolha certa;
- Valeu a tentativa, apesar de não ter sido a melhor escolha, aprendi muito.
O que não dá é passar a maior parte da vida em cima do muro, o que não deixa de ser uma escolha, um tanto pobre, eu diria até inútil, pois as oportunidades de escolha vão passando e você vai perdendo uma a uma.
É como permanecer sentado em um banco de uma estação de trem, somente observando o movimento dos trens, das pessoas e o que é pior, sonhando em um dia fazer uma viagem de trem, ou quem sabe desejando ser qualquer uma daquelas pessoas da fila de embarque, menos você mesmo, porque aquelas pessoas bem ou mal, já fizeram a sua escolha entre o muro, o banco e o trem, entre participar da vida ou simplesmente vê-la passar.
E você, aonde se encontra neste momento?
Será em cima do muro? Ou quem sabe, sentado no banco de uma estação de trem?
Ou no trem?
Não importa. O mais importante é saber que  qualquer que seja  a sua escolha, certa ou incerta, haverá sempre um muro, um banco e um trem esperando a sua escolha.
Deixo para você a seguinte sugestão:
A melhor escolha? Deus.
O muro? Transforme-o em ponte é mais útil.
O banco? Acomode-se e aprecie uma linda tarde de primavera.
O trem? Que siga os trilhos da justiça e da paz.
Quanto a bagagem? Leve somente o necessário para ser feliz… O amor!
Autoria: Márcia Kraemer