Bom dia.
Meu nome é Marcia Terezinha Kraemer Sehnem, tenho 44 anos, sou casada com Lucio Sehnem e já completamos nossas bodas de prata. Temos três filhos, dos quais nos orgulhamos muito: o Maicon, a Vanessa e a Rosana. Partimos de Atalanta para morar em Rio do Sul no dia 15/02/2003.
Minhas atividades atuais são: culinária e reciclagem de móveis e entre os afazeres da casa, uma nova receita e as pinceladas, de vez em quando componho um poema, um conto ou uma crônica.
Não sou graduada (ainda) e nem tão pouco uma escritora famosa, sou apenas uma dona de casa, esposa, mãe, amiga, mulher de muitas fases e bizarrices, que acredita no potencial artístico de todo ser humano, por acreditar que a vida é uma eterna arte, onde cada ser recebe os materiais necessários para viver, só que todos estes materiais que nos são entregues estão em branco para que cada um possa escrever sua própria história.
Meu interesse pelas artes iniciou logo cedo.
Desde pequenina, adorava desenhar, pintar, escrever e aprender coisas novas. Guardo até hoje minha primeira coleção de livros de histórias infantis, (quero ler para os meus netos e netas, que virão, com certeza).
Revirava os livros de receita para encontrar algo fácil de fazer, coisa de menina curiosa, e fazia sem medo. Quando não dava certo, o jeito era jogar fora.
Filha de mãe costureira e artesã e pai professor com dotes culinários, herdei essa busca por novidades e o entusiasmo pelo artesanato e pela culinária.
Como tudo na minha vida iniciou precocemente, quando ainda cursava o primeiro ano do segundo grau, iniciei no magistério. Nossa que saudade. Eram as chamadas Escolas Isoladas, hoje nem existem mais, ainda bem, pois no atual contexto seria descabível, mas na época era o mecanismo usado para levar a educação escolar aos lugares mais distantes dos centros. Funcionavam no sistema multisseriadas, quero dizer, tínhamos as quatro séries iniciais em uma mesma sala. Fazíamos a merenda, a limpeza e toda parte burocrática. Na minha fase de educadora, aprendi muito mais do que ensinei e tive a oportunidade de trocar estes aprendizados atuando em quase todas as etapas da educação, desde o berçário, na creche, à educação fundamental nas escolas.
Em toda minha caminhada e em todos os contextos, épocas, situações, transições, inquietações e anseios, o papel e a caneta sempre foram meus fiéis companheiros.
Tudo o que sei aprendi fazendo. Inclusive o meu blog.
Para conhecer um pouco mais a meu respeito é só entrar no blog e perceber as inúmeras coisas e fases que acontecem na vida desta poetisa que busca na releitura dos fatos e atos algo interessante.
Nesta busca, iniciei meu caminho virtual pelo Orkut para manter contato com amigos e amigas da minha terra natal. Foi com muito orgulho que pude demonstrar meu afeto pela cidade de Atalanta compondo a Letra do Hino Oficial do Município, sendo a única mulher a participar do concurso. Só depois veio o MSN, os blogs, começando pelo Minhoca Na Cabeça, onde fui postando meus textos e assim senti a necessidade de ter meu próprio espaço. Entre um clique e outro descobri como fazer um blog e criei o meu, sem deixar é claro de continuar minhas postagens no minhoca, no blog das garotas nada vazias , no meu alto vale, escritores do alto vale, bem como os artigos que enviava para o jornal A Folha. Depois veio o Facebook e agora o Vale por Elas. Aproveito o espaço para agradecer a vocês e a todos e todas que me incentivaram na divulgação dos meus escritos e dos meus mais variados pratos e reformas. Acima de tudo agradeço o convite para participar desta sessão, onde pela reflexão e dificuldade que encontrei para elaborar este texto, adquiri como novo aprendizado que: “Não dá para mudar o que fui, posso mudar apenas o que sou. Não posso modificar os sentimentos que me levaram a escrever desta ou daquela forma, pois estaria me privando de um momento único de encontro com os meus próprios sentimentos e esses, acima de tudo, são os mais importantes nesta busca constante por mim mesma. Esta retomada com o passado de maneira simples e sincera trouxe à tona as minhas verdades, pois, analisando o que fui, posso entender o que sou e aperfeiçoar o que serei apesar de ser parte do que ainda não sei”. E esta parte que ainda não sei resume-se neste poema intitulado:
BUSCA
Busco algo que vai além das fronteiras dos meus pensamentos...
Além do horizonte dos meus sentimentos.
Nesta busca trilhei vários caminhos, encontrei flores e espinhos.
Das flores restou o perfume, dos espinhos cicatrizes.
Busco algo que vai além das palavras do poeta,
Além da minha alma inquieta.
Nesta busca conheci e desconheci, encontrei e perdi.
Dos encontros restaram as lembranças.
Das perdas dor e saudade.
Busco algo que vai além, muito além do simples querer...
Além, muito além, do que consigo descrever.
Esta busca tem começo, meio, mas não tem fim, pois procuro por mim!
Marcia Kraemer
