Lei divina, lei humana
e a nossa incrível capacidade de constantes infratores em inconstantes delitos.
Dizem que plantamos
exatamente o que colhemos, ou seria o contrário? Não importa, pois só podemos plantar a partir
das sementes do que já foi plantado e colhido. Trazemos na mochila existencial
milhares de sementes que foram plantadas, implantadas e enxertadas em nossa
mente, em nossa história cultural, social e familiar. Este é um legado
universal que forma a conjuntura do plantio e a logística das colheitas ao
longo de cada etapa, de cada período que determina a essência da vida. Difícil,
árdua tarefa a do plantio. De tão intensa e dinâmica pode-se dizer que é
infinita dentro das possibilidades, escolhas e manejos da terra, das sementes,
das mudas, das condições do tempo, externas e internas. Sem deixar de ser uma
lógica é também um paradoxo, uma utopia. Esta frase determina exatamente a
longitude entre a teoria e a prática. “Cada um colhe aquilo que planta”. Ou quem
sabe “plantamos exatamente o que colhemos”... Ou ainda “Não jogue sementes boas
na terra infértil”. Ou, quem sabe: “Não jogue sementes de ervas daninhas no
quintal do vizinho”; complementando: “ Não plante no terreno dos outros o que
você não gostaria de colher no seu”....(Poetisamardevaneando)
Márcia Kraemer