domingo, agosto 31, 2014

DEVANEIOS


        Lei divina, lei humana e a nossa incrível capacidade de constantes infratores em inconstantes delitos.

Dizem que plantamos exatamente o que colhemos, ou seria o contrário?  Não importa, pois só podemos plantar a partir das sementes do que já foi plantado e colhido. Trazemos na mochila existencial milhares de sementes que foram plantadas, implantadas e enxertadas em nossa mente, em nossa história cultural, social e familiar. Este é um legado universal que forma a conjuntura do plantio e a logística das colheitas ao longo de cada etapa, de cada período que determina a essência da vida. Difícil, árdua tarefa a do plantio. De tão intensa e dinâmica pode-se dizer que é infinita dentro das possibilidades, escolhas e manejos da terra, das sementes, das mudas, das condições do tempo, externas e internas. Sem deixar de ser uma lógica é também um paradoxo, uma utopia. Esta frase determina exatamente a longitude entre a teoria e a prática. “Cada um colhe aquilo que planta”. Ou quem sabe “plantamos exatamente o que colhemos”... Ou ainda “Não jogue sementes boas na terra infértil”. Ou, quem sabe: “Não jogue sementes de ervas daninhas no quintal do vizinho”; complementando: “ Não plante no terreno dos outros o que você não gostaria de colher no seu”....(Poetisamardevaneando)

Márcia Kraemer