sexta-feira, março 27, 2015

A VIDA NÃO USA MEIAS.





Jamais lamentarei sobre o que poderia ter sido...
Quando este “poderia ter sido” choca-se contra os muros da ilusão simplesmente se desfaz.
E desfeito o que poderia ter sido abrem-se novos horizontes, mais amplos, maduros e fiéis aos desejos, aos sonhos e a vida. Esta por sua vez se encarrega de nos despir das meias e das máscaras, das fantasias do que um simples poderia ter sido criou, deixando as marcas de um sonho que findou.
Simplesmente poderia ter sido... Não foi e jamais será... Apesar daqueles momentos em que pareceu real intenso e verdadeiro nos caminhos obscuros da desventura, onde não cabe sequer uma lágrima de arrependimento, um murmúrio de lamentação. Porque até mesmo do que poderia ter sido aprendemos, crescemos, amadurecemos para algo que ainda virá a ser e o que poderia ter sido ficará registrado nas lembranças dos sonhos, dos desejos, das vontades.
O que poderá ser é presente, é futuro e sempre vem depois do que poderia ter sido, onde não cabe mais esperança.
Esperar agora somente pelo que ainda poderá ser sem esquecer-se do que poderia ter sido.
Há sempre uma nova surpresa no que poderá ser.
Assim sigo, com os pés no chão... Sem meias...

Marcia Kraemer.

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