Jamais
lamentarei sobre o que poderia ter sido...
Quando
este “poderia ter sido” choca-se contra os muros da ilusão simplesmente se
desfaz.
E
desfeito o que poderia ter sido abrem-se novos horizontes, mais amplos, maduros
e fiéis aos desejos, aos sonhos e a vida. Esta por sua vez se encarrega de nos
despir das meias e das máscaras, das fantasias do que um simples poderia ter
sido criou, deixando as marcas de um sonho que findou.
Simplesmente
poderia ter sido... Não foi e jamais será... Apesar daqueles momentos em que
pareceu real intenso e verdadeiro nos caminhos obscuros da desventura, onde não
cabe sequer uma lágrima de arrependimento, um murmúrio de lamentação. Porque
até mesmo do que poderia ter sido aprendemos, crescemos, amadurecemos para algo
que ainda virá a ser e o que poderia ter sido ficará registrado nas lembranças
dos sonhos, dos desejos, das vontades.
O
que poderá ser é presente, é futuro e sempre vem depois do que poderia ter
sido, onde não cabe mais esperança.
Esperar
agora somente pelo que ainda poderá ser sem esquecer-se do que poderia ter
sido.
Há
sempre uma nova surpresa no que poderá ser.
Assim
sigo, com os pés no chão... Sem meias...
Marcia
Kraemer.
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