Muito obrigada.
A Deus; aos meus filhos; ao meu esposo; a minha família; aos meus amigos e amigas;
a todos que me querem bem, muito obrigada!
Marcia Kraemer.
sexta-feira, abril 08, 2011
quarta-feira, abril 06, 2011
HOLOCAUSTO
Baú existencial
Guardião dos sonhos
Da esperança em um nada
Que representa um tudo momentâneo
Breves escritos, rabiscos, desabafos
Dividindo o tempo e o espaço
Compartilhando o pó e as longas horas
De espera por um novo ar, um novo alento
Nas mãos a coragem para erguer a tampa
No pensamento as lembranças
O coração recorda saudoso
A razão dá a sentença:
Limpa o baú e renova
Tira a poeira que os anos acumularam
Analisa, reflete, reestrutura
Cria uma nova postura
Reage com firmeza diante do que foi
Do que és e do que ainda serás
O tempo não volta atrás
Mas sempre há tempo para renovar
Arranca as páginas da imaturidade
Amassa as folhas que transbordam a carência do eu
Queima as palavras pedintes que mendigam amor
Rasga as frases que exaltam a solidão
Liberta os versos da espiral desventura insana e vazia
Sem medo do arrependimento
Da cobrança cruel e fria
Mergulha teus braços até o fundo do baú
Abraça o feixe de ilusões
Leva-o bem junto ao teu corpo
E a passos lentos de despedida
Lança ao fogo teu apego inerente
Deixa as chamas aplacarem teu subterfúgio de iniqüidade
Observa o vento da eloqüência
Persuadindo a nuvem negra de fumaça
Conduzindo-a ao universo em forma de brado
Lançando um plausível apelo aos céus
Anunciando o fim de rancores enrustidos.
No desafeto oculto dos dissabores
Libertando a alma cativa dos gemidos
Ressurge a vida em um ritual sagrado
Em forma de cálice propondo um brinde
Rompendo as algemas do futuro velado
Encerrando o vazio, em si mesmo incinerado.
Respira a paz de um novo e plácido tempo
Abandona as cinzas, insígnia do holocausto
Dos restos mortais de um passado infausto.
Autora: Márcia Kraemer 10/12/09. 15:37