sexta-feira, dezembro 03, 2010

O AMOR E O SILÊNCIO.


Muitas e muitas vezes é preciso silenciar para amar.
O amor exige disciplina, meditação e mediação de valores e crenças contidas na amplitude de ações de cada ser.
Disciplinar as palavras e as atitudes perante os fatos, faz com que o egoísmo e o egocentrismo sejam aparados, de forma que haja um espaço significativo a ser compartilhado.
A meditação torna-se fundamental para o processo contínuo de auto conhecimento, é por ele que nos tornamos capazes de amar, sendo que o primeiro desafio do amor está em apaixonar-se por você.
O exercício do amor próprio amadurece o caráter e liberta da necessidade excessiva da presença do outro, cura da solidão, porque é capaz de preencher qualquer tipo de carência afetiva.
Sente-se extramente só quem abandona a si mesmo. Buscar no outro o que é do outro poderá desencadear um transtorno de obsessão, onde se passa a exigir do outro o que ele tem de mais precioso, a liberdade de estar com ele mesmo. Pois se você não está com você, não poderá jamais exigir que os outros estejam.
A mediação do ser precisa respeitar seus próprios limites e o do outro. Mediar significa dividir ao meio: “eu me amo, e só por isso sou capaz de te amar”. Como pode alguém doar todo o seu amor, a ponto de não sobrar nada para si mesmo? Este tipo de atitude com o tempo, irá exigir algo em troca, não por maldade, mas, pela necessidade humana de sentir-se amado. Delegar aos outros o seu nível de auto estima é um grande risco.
Responsabilizar os outros pelas suas carências sinaliza uma imaturidade com relação aos seus próprios sentimentos, afinal, as carências são suas e somente você as sente. Falar sobre elas seria mais gentil de sua parte.
Todo ser é único.
Esta individualidade compartilhada une o amor e o silêncio.
Autora: Marcia Kraemer