terça-feira, maio 14, 2013

DIMENSÃO DAS PALAVRAS



Depende mais de quem as ouve?
Ou de quem as pronuncia?
Se fala pensando no dane-se de como irão entendê-la, é melhor que não fale.
Se ouvir pensando em julga-las é melhor que não ouça.
As palavras não são assim tão simples.
Poderiam até ser, se entre quem as ouve e quem as fala houvesse a mesma sintonia.
Mas, mais do que sintonia, o que predomina entre o ouvir e o falar são os conceitos e os preconceitos na boca de quem as pronunciam e nos ouvidos de quem as ouvem.
Neste caso, entre a dimensão e a complexidade das palavras, prefiro mergulhar na profundidade do silêncio.
Dizem que um olhar, um gesto, são maiores que mil palavras.
Um olhar sincero é muito maior que uma palavra que fere, mas não maior que a palavra que consola.
Um gesto de carinho é maior que uma palavra que acusa, mas não maior que uma palavra que cura.
Percebem a dimensão e a complexidade?
Que tal um mergulho nas águas do silêncio?
Porque águas do silêncio?
Porque o silêncio sempre leva as lágrimas.
Porque no silêncio entramos em contato com a alma e dela sim ouvimos a dimensão exata que consola e cura o estrago que as palavras ditas e ouvidas fazem em nossos sentimentos, em nossas emoções, em nossos sonhos, em nossa vida.
 Mais do que em gestos ou olhares o silêncio as contem em sua dimensão exata.
Nas palavras estão as promessas não cumpridas, os sonhos não realizados, os desejos não vividos, os sentimentos esquecidos e os amores perdidos.
Prefiro ainda o silêncio, tão raro, tão curto, tão intenso.
Marcia kraemer 

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