sexta-feira, março 16, 2012

POEMA SEM ROSTO.





Por correr sem rumo, e andar por caminhos diferentes não te encontrei.
Por vezes, reviro meus sonhos e te encontro, ainda sem rosto.
Fora do alcance das mãos, sem palavras.
Apenas o desejo de te encontrar.
No tempo em que vaguei, sem saber por onde iniciar minha busca,
você deve ter passado por mim e eu não percebi, perdi a hora,
por não saber o lugar, perdi a esperança, ou será que não?
Não sei!
Mas as vezes te sinto tão distante, do meu alcance, do meu olhar,
até mesmo do meu desejo de te encontrar.
Quem és afinal?
Tanto te busquei, e por vezes ainda teimo em buscar?
Mas parece que busco em vão.
Será que um dia terás nome?
Será que um dia terás rosto?
Será que um dia nos encontraremos?
Afinal, será que existes?
Ou és apenas um fruto de uma imaginação lunática?!
És tão estranho como este poema, tão sem nexo como estes versos.
Tão vago como estas indagações.
Tão estranho como estas emoções.
Tão intrigante como os sentimentos que se manifestam nestas palavras.
Só sei que é bom saber que estás em algum lugar.
E que seja lá onde for um dia eu hei de te encontrar.
E aí terás um rosto, terás um nome.
Mas eu o chamarei apenas de meu amor!

Márcia Kraemer
(reescrito dia 14/01/2010
e enviado p/ o blog dos escritores)

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