A nuvem e o roseiral.
Todas as manhãs o vento passeava leve e faceiro pelo
roseiral. Como uma criança inocente fazia suas traquinagens com as vaidosas,
que por sua vez, acolhiam a suave brisa. Mas quando chegava ligeiro reclamavam
tamanho atrevimento, espalhando suas pétalas pelo ar em repentinos movimentos.
Uma nuvem curiosa
que o observava de longe resolveu aproximar-se para indagar seus estranhos
jeitos.
Orgulhoso por sua força, em movimentos de redemoinho
soprou a nuvem para longe dali.
Que mais adiante encontrou outro vento contrário que a
devolveu aquele lindo cenário.
Resolveu então queixar-se com as rosas pela fúria do
vento, e foram logo avisando que apesar de seus trejeitos, simpatizam com ele.
Mesmo inconstante e matreiro fazia sentirem-se bailarinas
do evento.
A nuvem, não concordou no momento. Retirou-se para
refletir sobre as intempéries do vento.
Quando se deu conta, havia percorrido quilômetros,
embalada por quem? Sim, pelo vento.
Então se estendeu majestosa sobre o roseiral, que apesar de seu bailar
não saia do lugar. Não sentia outros perfumes além do seu. Enquanto que ela
apesar de passageira, tudo via, tudo sentia. Agradeceu o vento e suavemente
partiu ao encontro das floretas, montanhas e rios. Do roseiral um lamento
surgiu, pela bela visão que partiu. Foi uma nuvem passageira. E uma lágrima caiu...Márcia Kraemer
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