A força de nossas
vontades.
Nem sempre somos
capazes de reconhecê-la. Na maioria das vezes até por puro comodismo a
esquecemos. Pior do que esquecer até é simplesmente reprimir por medo,
covardia, de deixa-la vir à tona e nos entregar o que há de melhor na vida. É
que as reações a ela podem não ser as que esperamos. E na maioria das vezes,
não são mesmo. O julgamento sempre emperra nosso pensamento. A tal da imagem
perfeita nos empurra para o erro maior de não errar e acertar. Não conseguimos
diferenciar que o que para os outros parecerá um erro, para nós será o maior
dos acertos.
Na força de nossas
vontades está sempre a retomada da viagem da vida. Nela é que podemos
encontrar, e só nela, a melhor força para retomarmos os caminhos quase
interrompidos da vida. É claro que devemos entender também que na força de
nossas vontades está sempre em nós. Basta reconhecer que a melhor força de vida
está no sentimento das pessoas. Neste sentimento de vida, esperança, luta e
sonhos, está a força de nossas vontades. Vontades que convenhamos, são somente
nossas, e deveríamos ter também a responsabilidade de assumir, de que só a nós
temos a obrigação de prestar contas. Se assim não for, estaremos deixando de
seguir as nossas vontades, para nos sujeitarmos as dos outros. E sendo assim,
anulando nossa individualidade, para seguirmos as vontades alheias. Tomando
decisões não por nosso livre arbítrio, mas determinação de quem vê nossas vidas
de fora. E na maioria das vezes nem se importa um pouco sequer com as nossas
vontades. Mas com suas vontades. E o pior. Na maioria das vezes, com seus
interesses. E não importam quais sejam. Se tem ou não valor para nós. Ou só
para seu ver de vida.
De qualquer maneira,
fica claro que a melhor força está ainda no sentimento das pessoas. A sabedoria
está na força de nossos sentimentos. Na força de nossas vontades.
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Antonio Jorge
Rettenmaier, escritor, cronista e palestrante. Esta coluna está em mais de 90
jornais impressos e eletrônicos do Brasil e Exterior.
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