É a vida é assim. Uma
caixinha cheia de surpresas.
Basta ter coragem para
abri-la e ver se o que está lá dentro não é exatamente o que você sempre
sonhou.
Mas, preste atenção.
Pegue a surpresa certa.
É, bem aquela que você por muito tempo ficou
só olhando, desejando, sonhando, com medo de por a mão e deixa-la cair,
preferiu que ficasse guardada.
Mas guardada não viveu,
não aconteceu, não experimentou.
Quantas surpresas estão
ainda guardadas em um canto da caixinha!?
E o que será que teria
acontecido se a trouxéssemos para fora, para a vida?
Ela está lá, e vai
esperar, até quando?
Bom, responda você,
afinal a caixinha é sua, a decisão é sua, a escolha é única e exclusivamente
sua.
Isso causa medo.
Claro que sim. Porque se
fosse outro a mexer na sua caixa, e pegasse aquela surpresa que você até hoje
não teve coragem de pegar, e fizesse acontecer, ora, você teria a quem culpar
ou a quem agradecer?
Só que não é assim que
funciona. E ainda bem que não é.
Às vezes a gente dá uma
espiadela na caixa dos outros, e logo pensa: Poxa, esta pessoa tem tudo para se
feliz, e porque não é? Nossa, se eu tivesse a metade do que ela tem já me
contentaria.
O que diria ela se espiasse a sua? Será que
não diria o mesmo?
Por falar em espiar, há
quem passe grande parte da vida assim, espiando a dos outros e esquecendo-se de
viver a própria. É triste e sem graça, mas é mais cômodo.
E quando abrimos uma
caixinha e logo percebemos que não era o que esperávamos. E agora? Deixa pra
lá.
Mas a gente não deixa pra
lá, assim tão fácil. E acaba insistindo em algo que nem sabemos por que foi
parar ali.
Ah, e quando puxamos a
fita para abrir o laço sem perceber que pegamos a ponta errada e dá aquele nó,
difícil de desmanchar... Dá uma vontade de deixar pra lá.
Mas quem deixa?
Queremos saber o que é
primeiro. Como se fosse assim tão fácil saber o que são realmente e o que
pretendem.
É, esta tal caixinha de
surpresas não é nada fácil.
Mas já que a temos, vamos
abrindo cada surpresa para ver o que nos espera, mesmo que não seja aquilo que
nós esperamos.
Afinal, é melhor abrir do
que nunca saber o que sempre esteve guardado para você.
Márcia kraemer.
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