sábado, novembro 19, 2016
quarta-feira, maio 04, 2016
terça-feira, maio 03, 2016
VENTOS DE NETUNO
As inquietudes que povoam a mente
Como os velozes ventos de netuno,
Formam-se as tempestades existenciais,
Embora meras fases, ciclos e por vezes furacões.
Arrasam as vilas da esperança,
Destorcem as ruas da lembrança
Com ondas gigantescas, afunilando emoções.
Oh! Ventos velozes de netuno
Azul intenso
nas nuvens da tua atmosfera.
Varre o tom cinza que envolve a terra
Por onde vagueia minha mente.
Vibra em meu ser, imponente.
Aflorando o anil, reascende a luz intensa
Na alma que aguarda compassiva dolência.
Dos mananciais que escorrem em delírios
Banhando meu ser, exalando suspiros.
Cansado ser, de ser deveras desprovido.
Marcia Kraemer
SONHO DE MENINA
Sonhando acordada
Com a lua entre meus dedos
E uma estrela dourada
A cintilar meus desejos.
As nuvens a bailar
No céu correm faceiras
O vento suave a soprar
Inspirações ao céu, sem fronteiras.
Quisera eu, ser nuvem dançarina
Para no céu poder brincar
Com meu coração de menina
Em meus sonhos rodopiar.
Marcia Kraemer.
PENSAMENTO
Assim, sinto e vejo a areia escorrendo por entre os
dedos,
Como as folhas do calendário que o vento do tempo
arranca...
Marcia Kraemer
COLÓQUIO DA ALMA
No palco da vida
Representando vida
No roteiro que segue
Sem saber quem o escreve
A cena se passa
Sem tempo para decorar as falas
Depois do ato
Um silêncio profundo
Envolve o fechar das cortinas...
FIM!
Marcia Kraemer
quinta-feira, abril 07, 2016
COLÓQUIO DAS MINHAS INQUIETUDES....
Debruçada no umbral dos sonhos, ela observa as fases ocultas
no espelho da alma onde vê refletida, sobre a névoa dos pensamentos, um vulto
contemplativo que emerge das profundezas das ilusões, prometendo a si mesma
sobre cada lágrima que cai, que para lá não mais voltará... Ouve em seu intimo
o colóquio de suas inquietudes:
- Não podes embarcar nesta viagem! Sentença da razão.
- Podes me dizer por quê? Indaga o coração.
- Ela pode não ter volta. Responde a razão.
- E quem te disse que quero voltar? Brada o coração.
- Ingênuo! Profere a razão.
- Ingenuidade seria render-me a inércia que me provocas.
Desabafa o coração.
- Inércia que te segura das tuas sem medidas loucuras.
Retruca a razão.
- Melhor um insano feliz que um racional acorrentado em tuas
sóbrias sentenças. Argumenta o
coração.
- Então, não tardas a partir. Porventura me levarás contigo?
Ironiza a razão.
- Se fores comigo, não irei. És a parte mais pesada de minha
jornada. Declara o coração.
- Sou a parte que pondera tuas emoções que te levam a criar
ilusões. Argumenta a razão.
- O que declaras como ilusões soam para mim como sonhos
recheados de emoções. Sintetiza o coração.
- CALEM-SE! Suplica a alma.
Márcia Kraemer
quarta-feira, março 23, 2016
QuintALL de Março 2016
QuintALL é evento cultural gratuito para o público e isento de cachê para quem se apresenta. Acontece, todo mês, em Florianópolis, na Pousada MonChateau, em Canasvieiras. Foi criado e é coordenado por Ana Luiza & Luca.
quarta-feira, janeiro 27, 2016
SAPATILHAS DOURADAS.
Nas desventuras do poeta
Que mergulha em si
Rodopiando dentro da alma
Como uma bailarina a flutuar
Sobre o palco dos sentimentos.
Com sapatilhas douradas
Desliza suave sobre os versos
Onde compõe melodias.
Cria passos de dança.
Em movimentos suaves
Eleva uma prece em suplica
Para uma nova dança
Um novo passo
Que preencha o espaço
Por onde o amor passou
Deixando rastros de lembranças
Que insistem em ficar
Junto no palco a bailar.
Revivendo a melodia
Da saudade em cada nota.
Embalando os sonhos de amor
Regidos pela esperança.
De sapatilhas douradas
Aguarda o momento
De voltar a bailar em rodopios
Ao lado da felicidade
Que aguarda o próximo passo
Para uma nova dança.
Márcia Kraemer
sábado, janeiro 16, 2016
Amizade também é poesia. (Adelina e Márcia)
LAÇOS DE POESIA
Saudade brisa suave que entra pela janela
Trazendo o perfume da primavera
Saudade, brisa suave que balança as cortinas,
Trazendo o perfume de alguém
que continua na lembrança.
que continua na lembrança.
Saudade, balança as cortinas da alma...
Onde o doce perfume da lembrança
Permanecerá para sempre...
Adelina Schneider e Márcia Kraemer
sábado, novembro 28, 2015
POEMA: RETRATO
Às vezes me
sinto assim... Como um retrato,
Que alguém
se esqueceu de tirar o pó...
Deixado em
qualquer lugar do quarto
A imagem de uma mulher só...
Uma mulher
que sonhou um dia
Viver um
grande e inesquecível amor
Jurou para
si mesma que o encontraria...
Saltando dos
versos para na vida compor
O mais lindo
poema que alguém já escreveu
Com palavras
e rimas bem talhadas
Pela alma da
mulher que assim concebeu
No seu
íntimo de fêmea exaltada
Esculpiu
seus sonhos, escreveu seu romance.
Hoje em um
canto esquecida
Relembra o
que sonhara a todo instante.
Mas o que
restou ela bem sabe e o diz:
Era uma vez
uma poetisa cheia de sonhos
Uma mulher
que desejou ser feliz.
Márcia
Kraemer